Orquestra Clássica do Centro vai realizar concertos em cinco palácios da justiça

 

Orquestra Clássica do Centro vai realizar concertos em cinco palácios da justiça

Expresso, 19.02.2020 às 16h06
O ciclo, que conta com o apoio do Ministério da Cultura, através da Direção-Geral das Artes, tem entradas gratuitas, mas limitadas, no entanto, ao espaço das respetivas salas

A Orquestra Clássica do Centro (OCC) promove, em parceria com os tribunais de Relação, um ciclo de concertos, este ano e em 2021, nos palácios da justiça de Coimbra, Lisboa, Porto, Évora, Leiria e Guimarães. Intitulado “Concertos da Justiça – Ciclo dos Palácios”. O evento terá inicio na quinta-feira, às 17h10, no Palácio da Justiça de Leiria, que está a comemorar o 60.º aniversário da sua construção.

Após o concerto em Leiria, subordinado ao tema “Entardecer Lírico”, com a participação do quarteto de cordas da OCC e do tenor Paulo Ferreira, será apresentado um livro comemorativo dos 60 anos do Palácio da Justiça daquela cidade (“Estudos comemorativos do 60º aniversário da inauguração do Palácio da Justiça de Leiria”) e terá lugar uma tertúlia.

O ciclo, que conta com o apoio do Ministério da Cultura, através da Direção-Geral das Artes, tem entradas gratuitas, mas limitadas, no entanto, ao espaço das respetivas salas, refere uma nota da OCC enviada hoje à agência Lusa.

A iniciativa prevê três concertos em cada um dos palácios da justiça participantes, acrescenta a nota da Orquestra do Centro, adiantando que o segundo concerto terá lugar em Guimarães, no dia 16 de maio (“as restantes datas serão anunciadas oportunamente”, no sites da OCC e dos tribunais onde os concertos terão lugar).

Sustentando que este ciclo vai dar a oportunidade ao público “de assistir a concertos em palácios únicos em história e significado, e onde, por norma, não se tem entrado por razões de cultura”, a presidente da OCC, Emília Martins, considera que “se a justiça é o bem maior de uma comunidade, a cultura, a música e a arte são o indispensável alimento dos que a aplicam, assim como dos que dela são destinatários”.

“Sendo uma forma de arte, a música é sempre capaz de criar, inovar”, afirma, citada pela OCC, Emília Martins, defendendo que esta é “uma atividade artística por excelência promotora do encontro e do conhecimento da própria música, mas também dos espaços e da história de cada um dos palácios da Justiça.

“Espaços que são lugares onde se faz Justiça e onde também se faz justiça à cultura”, sublinha a presidente da OCC, concluído que, deste modo, se marca “encontro com a música, com a cultura, abrangendo o património material e imaterial”.

A OCC apresentou-se pela primeira vez, enquanto orquestra profissional, em dezembro de 2001, com 25 elementos e com a denominação de Orquestra de Câmara de Coimbra. No ano seguinte, passou a ser composta por 32 elementos, sendo esta a sua atual constituição. Em 2004, alterou o seu nome para a atual designação.